quinta-feira, 25 de junho de 2015

Proposta do governo debocha dos trabalhadores














No ajuste fiscal promovido pelo governo do PT não há qualquer dúvida sobre quem vai arcar com o ônus: os trabalhadores.  Na mesma semana em que a educação - no campo das universidades - aprofunda sua greve nacional, a presidenta Dilma isenta igrejas evangélicas em 200 milhões e libera a construção de um centro de compras no parlamento que custará um bilhão de reais, sendo boa parte dinheiro público. Tudo isso faz parte da barganha política que pretende fazer passar a desoneração da folha, que seria a terceira parte do ajuste. Dilma cede assim a pressão que o deputado Eduardo Cunha vinha fazendo, quando suspendeu a votação desse tema. 

Assim, a bancada dos deputados evangélicos demonstra muito mais poder do que  todo o funcionalismo da área da educação.

Para os trabalhadores federais - no qual se incluem os técnico-administrativos  - esse mesmo governo que aprova a construção de um xópin, ofereceu hoje, em reunião de negociação a seguinte proposta salarial: pouco mais de 20% de reajuste divididos em quatro anos. Assim, o governo PT/PMDB, que isenta igrejas e constrói lojas para deputados, quer liberar em 2016:5.5%, em 2017: 5%, em 2018: 4,75% e em 2019: 4.5%.

A proposta se configura objetivamente num deboche. Resta saber qual será a resposta dos trabalhadores. No dia sete de julho haverá nova reunião. 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Governo marca reunião de negociação

Ofício foi divulgado hoje na rede








Prezado (a) Senhor(a)
De ordem do Secretário de Relações de Trabalho, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, encaminhamos anexo Ofício - Circular nº 002/2015/SRT/MP, referente à reunião que será realizada no dia 25/06/2015 às 14 horas, na Secretaria de Relações de Trabalho – Bloco “C” – 7º andar – Sala 01.
Diante do exposto, solicitamos a confirmação do recebimento do Ofício e a indicação do nome que se fará presente na reunião - e-mail: 
srt.cgnes@planejamento.gov.br.
Para maiores esclarecimentos, favor entrar em contato com essa Coordenação-Geral de Negociação e Relações Sindicais, nos telefones abaixo.
Coordenação-Geral de Negociação e Relações Sindicais – CGNES/SRT/MP

A mesa discutirá a pauita geral dos trabalhadores públicos. Sérias chances de ser apenas enrolação.

terça-feira, 23 de junho de 2015

CNG orienta para realização de caravana


Comando de Greve chama caravana para os dias 7 e 8 de julho. A intenção é encher Brasília e pressionar por abertura de negociação. Apesar de a Justiça determinar a negociação, até agora o governo não se manifestou. 

Leia a análise da Fasubra!

Após 23 dias de GREVE, o Comando Nacional (CNG FASUBRA), reunido no dia 19/06/2015,
avaliou que o movimento desenvolveu ações que romperam o cerco imposto pela grande mídia,
abrindo diálogo com a sociedade e pressionando o Governo Federal para que seja deflagrado um
processo de negociação efetiva com a FASUBRA a respeito de nossa pauta de reivindicações.

O CNG FASUBRA em contato com os reitores e reitoras das Instituições Federais de Ensino durante
a reunião da ANDIFES realizada em 11/06/2015, obteve apoio formal dessa entidade às
reivindicações da nossa categoria. No dia 16 de Junho, em ação no Congresso Nacional o
Comando conversou com diversos parlamentares e entregou documentos elaborados pelo CNG
FASUBRA com o intuito de esclarecê-los sobre o processo de não negociação que levou a
FASUBRA à greve, e solicitou intervenção para abertura imediata de negociação efetiva pelo
governo.

Nesse mesmo dia, o Senador Paulo Paim (PT) se dispôs a construir uma audiência pública com o
setor da educação e o Governo Federal no dia 8 de Julho de 2015, com o objetivo de tratar de
temas referentes à nossa GREVE, na qual será possível exigir do governo negociação efetiva
com as entidades em greve. No dia 18 de Junho, o CNG FASUBRA participou da reunião com a
Frente Parlamentar Mista pela valorização das Universidades Federais, na Câmara dos
Deputados, onde apresentamos as dificuldades em estabelecer junto ao Governo um processo
de negociação efetiva. Os parlamentares presentes se dispuseram a intervir junto ao Governo
para que o mesmo apresente propostas de negociação com a FASUBRA, e propuseram o
agendamento de uma Audiência Pública no Senado Federal para discutir a situação das
universidades federais; e ainda o agendamento de uma Audiência Pública na Câmara dos
Deputados na Comissão de Direitos Humanos para apresentar a nossa pauta e a situação
dos técnico-administrativos em educação nas Instituições Federais e a criação de uma
agenda junto à Frente para debate da Pauta Geral Legislativa de interesse da FASUBRA.

O CNG FASUBRA deliberou por participar de uma reunião ampliada em conjunto com a
Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES-SN), com o Sindicato Nacional
dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), com a
União Nacional dos Estudantes (UNE) e com a Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL),
no dia 6 de Julho de 2015, para que possamos aprofundar de forma coletiva as reflexões sobre
a situação do setor da educação na atual conjuntura, e para buscarmos uma agenda comum de
ações para o próximo período.

Considerando que a partir do dia 17 de julho inicia-se o recesso parlamentar do Congresso
Nacional, o CNG avaliou e indicou a realização de uma Caravana Nacional com acampamento
nos dias 7 e 8 de Julho em Brasília-DF, com o objetivo de demover o Governo Federal de sua
posição intransigente de não realizar negociações efetivas.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Colando cartazes e conversando com colegas






 Trabalhadores caminham pelo campus, pregando cartazes e conversando com os colegas.















A greve não é momento para ficar parado. É tempo de movimento. Por isso, os trabalhadores mobilizados realizaram hoje pinturas de faixas, confecção de cartazes e, depois, saíram pelo campus para colar o material e conversar com os colegas. O mais legal é que está aumentando a adesão do pessoal mais novo. Bonito de ver o trabalho unificado de duas gerações. Pequenos grupos, grandes ações.

Análise de conjuntura





Acompanhado de muito frio e chuva forte, um grupo de trabalhadores da UFSC realizou na tarde dessa quarta-feira (18), uma roda de conversa sobre a conjuntura na qual está mergulhada a greve dos trabalhadores técnico-administrativos em educação da UFSC. Nesse texto compartilhamos alguns pontos que foram levantados e oferecemos para análise de todos. Entender as forças que atuam contra e a favor das lutas é sempre muito importante para traçar os caminhos e as estratégias do movimento. A proposta é ir engordando essa análise com mais contribuições dos colegas nos próximos encontros de discussão.

Internacional
O planeta que viveu durante um longo tempo, pós-queda do regime soviético, sob o quase completo domínio dos Estados Unidos, hoje vivencia o fortalecimento de outra força política que disputa poder mundial: é a união russo/chinesa. Esse núcleo de poder tem tido forte presença na América Latina e realizado vários acordos comerciais e financeiros. A China, por exemplo, tem oferecido empréstimos musculosos aos países da América Latina, abrindo portas para novas dívidas em condições não muito diferentes das que foram contraídas com o FMI.
A força do bloco latino-americano – que cresceu muito durante o tempo de presença de Hugo Chávez – está enfraquecida. Apesar da atuação em bloco via Unasul, muitos países estão sucumbindo a uma viragem neoliberal e de aproximação com o bloco sino/russo. Ainda que existam países em resistência contra as investidas do modo de vida neoliberal, nada mais são do que resistência mesmo.

A lógica imposta pelo capital para se reestruturar é a da superexploração dos trabalhadores, que, agora, chega também aos trabalhadores do chamado primeiro mundo. Vide a crise por que passam países como Portugal, Espanha, Grécia. Entenda-se a superexploração como maior intensidade de trabalho sem a equivalência no salário. Isso sempre foi regra nos países periféricos, mas agora avança também para os países centrais.

As mudanças tecnológicas mudaram também a universidade e os espações da política. Já não é mais possível fazer uma greve como nos anos 80. Há que buscar novos instrumentos para um novo tempo.

Nacional
No Brasil, observa-se um ataque cada vez mais forte contra os trabalhadores por parte do governo federal. Um ataque violento aos direitos trabalhistas e ao serviço público, bastante visível nos cortes orçamentários, que foram profundos na educação e na saúde. Acabou a ilusão do crescimento e a opção foi cortar dos trabalhadores, cortas da população e manter os pagamentos da dívida que consomem mais de 47% do orçamento.

Em plena greve dos trabalhadores, o governo anuncia nova proposta sobre aposentadoria, alegando que é a previdência o grande mal do país, como se os velhos, os trabalhadores que já deram importante contribuição, sejam os “cânceres” que impedem o país de avançar.  A proposta de aumento da idade para aposentadoria é um tapa na cara dos trabalhadores e um ataque ao serviço público. O chamado rombo da previdência – se é que ele existe, há controvérsias - não é causado pelos trabalhadores, ele existe por conta da sonegação dos empresários e do próprio governo.

Há um apagamento do debate sobre a dívida pública, apesar de ser esse o tema que tem levado o Brasil a atual crise. Compreender o sistema da dívida, saber quais os mecanismos que atuam. Qual o modus operandi e apontar para uma auditoria é questão que deveria fazer parte – com destaque – de todas as pautas dos trabalhadores. Importante lembrar que o Equador fez uma auditoria na sua dívida e verificou que 70% dos contratos eram ilegais. Com isso comprovado, essa dívida não foi paga e os credores nada puderam fazer. A Grécia está indo pelo mesmo caminho e deverá atuar de maneira semelhante. É hora do Brasil fazer a sua auditoria.

Temos um Congresso Nacional com uma cara conservadora demais, cuja maioria tem apostado no atraso e no ataque sistemático aos trabalhadores. São feitas reformas nas leis que retiram direitos, redução da maioridade penal, avanço da religião interferindo nos assuntos do estado. Falta preocupação com a questão da dívida, há um ocultamento da importância desse tema para a melhoria da vida nacional.

Manteve-se o financiamento de empresas aos partidos, tornando praticamente impossível uma mudança pela via institucional. Se por um lado isso acaba com a ilusão da institucionalidade como espaço de transformação, por outro consolida ainda mais o perverso sistema de eleição de testas de ferro de interesses do capital.

A aposta num sistema de ajuste fiscal leva ao desemprego e a um aprofundamento da crise. Cortam recursos nas áreas de interesse da maioria. Empobrece o serviço público e perde a população em qualidade e garantia de direitos.

No campo específico da universidade, o governo investiu na divisão dos trabalhadores. A própria proposta de qualificação, que é uma reivindicação histórica dos TAEs, tem ajudado a tirar da luta muitos companheiros que poderiam estar nas trincheiras. A aposta tem sido nas saídas individuais. Fazer um mestrado ou doutorado pode aumentar o salário em 30, 40 ou 50%. Melhor então investir nisso que na luta coletiva. O problema é que não é para todos. Ainda assim, a própria qualificação tem de ser pensada. Os cursos estão formando para quê? Os trabalhadores estão estudando apenas para aumentar salário ou estão preocupados com sua compreensão da realidade?

Algumas análises apontaram no sentido de que é chegada a hora de fazer uma profunda discussão sobre o papel do sindicato e do partido político. Até onde esses espaços ainda representam instrumentos eficazes de luta dos trabalhadores. O modelo sindical separado do político tem levado a muitas derrotas. É hora de pensar sobre isso e apontar novos rumos.

Local
Há uma grande dificuldade por parte dos trabalhadores em analisar de forma correta a conjuntura. Parece já não existirem mais os instrumentos para  que essa análise se faça. Os trabalhadores perdem o interesse pela discussão, acreditando que analisar a conjuntura é apenas “jogar conversa fora”, a ponto até de reduzirem o tempo para isso nas assembleias.
Há um processo de fragmentação muito grande entre os trabalhadores que torna ainda mais difícil a luta. O instrumento “partido político” que foi construído por décadas, está destruído.  Poucos confiam que seja a partir do partido que as ideias de reconstituição do tecido político possam brotar. Falta confiança nessas instâncias depois que o PT tornou-se o partido da ordem esquecendo suas bandeiras. Falta confiança também nos grupos políticos que dirigem a Fasubra, o que enfraquece a luta.

É preciso investir num processo de formação política dos trabalhadores, principalmente no que diz respeito as forças que atuam no movimento nacional. Entender que forças são essas, que políticas defendem, como atuam, se estão mais ligadas aos interesses partidários que aos dos trabalhadores. É fundamental fazer esse debate na UFSC.

Percebe-se que há um grande desencanto por parte dos trabalhadores, há falta de referência histórica e política que precisa ser debatida. Se não há interesse em discutir política temos de buscar as causas e construir espaços diferenciados para que isso se faça. Sem compreensão do passado e da realidade presente, fica impossível apontar caminhos do amanhã.

Apesar da ação bastante desmobilizadora do Sindicato local, avalia-se que há um espaço importante de resistência dentro da UFSC. E a preocupação desse grupo que hoje discute conjuntura é um exemplo. Dá para ampliar e avançar.

Desafios
. Debater profundamente com a categoria a questão da dívida pública

. Pensar a universidade pública dentro desse novo contexto de desmonte e de mudança, em que a educação volta a ser encarada como um custo, um prejuízo aos cofres públicos e não um investimento.

. Realizar debate sobre o tema dos terceirizados  - na UFSC 180 demissões, entendendo que isso está dentro da lógica da superexploração do trabalho que atinge a todos.

. Encontrar novos instrumentos para travar a batalha num tempo novo, no qual o campo da luta se configura como totalmente novo.

. Estudar o orçamento nacional, entendendo-o como um mapa da luta de classes no Brasil
. Atuar no campo pedagógico, entendendo que a greve é um momento importante de resistência.

. Buscar articulações em nível local e nacional para não fazer a luta sozinhos e para avançar de maneira coletiva no estudo das grandes questões. Articular com o movimento dos professores.
. Encontrar caminhos para a defesa do serviço público, sem que isso seja um discurso vazio.
. Pensar atividades descentralizadas para formação política

Forças contrárias
. governo federal
. congresso conservador
. sindicato local desmobilizador
. DCE à direita
. reitoria descomprometida com os TAES
. desconhecimento da realidade
. fragmentação da luta
. conjuntura mundial desfavorável
. desencanto sobre a política

Forças a favor
. lutadores sociais que ainda permanecem em luta na cidade, na UFSC e nacionalmente
. trabalhadores novos que querem participar
. grupo de professores mobilizados
. Um número bem reduzido de parlamentares em nível nacional

quarta-feira, 17 de junho de 2015

terça-feira, 16 de junho de 2015

ATIVIDADES DURANTE A GREVE

Segue a relação de atividades em que estarão presentes os colegas do Grupo TAES LIVRES durante esta semana de greve:

Quarta-feira, 17/06
9h - Assembleia dos TAEs (em frente ao antigo local do DAE)
14h - debate entre os docentes (Auditório da Reitoria)

Quinta-feira, 18/06
14h - avaliação de conjuntura (Hall da Reitoria)

Sexta-feira, 19/06
9h - pintura de faixas e cartazes (Hall da Reitoria)


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Mais explicações sobre a pauta - parte 2




  • Pela instituição da Ascensão Funcional;
  • Reconhecimento dos certificados de capacitação dos aposentados quando os mesmos se encontravam na ativa;
  • Aproveitamento de disciplinas de curso de graduação e pós-graduação para todas as classes do PCCTAE para fins de progressão por capacitação;
  • Reconhecimento de títulos de mestrado e doutorado obtidos fora do país.
  • Posicionamento hierárquico em padrão de vencimento equivalente na tabela quando do reingresso de servidor em outro cargo do PCCTAE.
  • Efetivação do Plano Nacional de Capacitação lançado em 2013;


  • Extensão, para os Técnico-Administrativos em Educação, do art. 30 da lei 12772/12, que trata de afastamento para realização de estudos de pós-graduação;

  • terça-feira, 2 de junho de 2015

    Entenda a pauta de reivindicação dos TAEs - parte 1

    A pauta de reivindicação dos trabalhadores técnicos-administrativos em educação é grande e complexa. Por isso, vamos esmiuçar ponto a ponto para que todos possam ter bastante clareza sobre o quê está na mesa de negociação.

    Neste primeiro vídeo, a jornalista Elaine Tavares fala sobre os quatro primeiros pontos da pauta:

    1  - Índice de 27,3% no piso da tabela considerando as perdas de janeiro de2011 a julho de 2016;

    2 - Pelo aprimoramento da Carreira com correção das distorções, levando em consideração a racionalização dos cargos, piso de três salários mínimos e step de 5%; reposicionamento dos aposentados e pensionistas, e concurso público via RJU para todos os níveis de classificação;

    3-  Pela não retirada de ganhos administrativos e judiciais da Categoria – pagamento imediato;

    4- Reabertura de prazos para que os Técnico-Administrativos em Educação que ainda estejam no PUCRCE possam migrar para o PCCTAE;