Trabalhadores
das universidades realizaram mobilização ontem em Brasília buscando pressionar
o governo para que melhorasse a proposta oferecida aos trabalhadores públicos
federais.
O governo
esperava uma resposta à proposta de reajuste que foi de reposição de 21,3% dos
salários, mas dividida em quatro anos, com índices abaixo da inflação. Só esse
ano, a inflação comerá 9% dos salários e o governo quer pagar apenas 5% em
janeiro de 2016. Ou seja, os trabalhadores arrancam já com perdas.
Na reunião
de ontem a resposta foi de que não era possível aceitar a proposta
governamental. Os trabalhadores queriam que o governo pensasse numa reposição
real das perdas desse ano e que qualquer parcelamento de reajuste não passe de
dois anos.
Apesar da
bonita manifestação que se colocou em frente ao MEC, com mais de 1.500
trabalhadores, o governo se manteve inflexível. Agora é retornar às bases e
definir novas estratégias de luta. Os trabalhadores esperam que o governo
repense sua proposta e apresente algo mais dentro da realidade.
Conforme
informações divulgadas pela imprensa de Brasília, o Presidente da Associação
Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas (Anesp) João Aurélio de Sousa,
teria apresentado ao governo uma
alternativa de redução de custos que poderia diminuir custos e apontar um
reajuste melhor aos trabalhadores públicos.
A proposta
consiste na transferência de cargos comissionados para servidores concursados.
Atualmente, são 22 mil cargos de confiança, alguns já para servidores.
Normalmente, os servidores que ocupam esses cargos recebem 60% do salário. Com
a adoção da medida, o governo economizaria 40% nos salários. A proposta está
sendo analisada pelo Ministério do Planejamento.
A greve nas
universidades segue. Nova reunião foi agendada para o dia 21 de julho, embora o secretário Sérgio Mendonça tenha deixado claro que a presidente Dilma não pretende mudar a proposta.