quarta-feira, 8 de julho de 2015

Governo mantém proposta de 21,3% divididos em quatro anos




Trabalhadores das universidades realizaram mobilização ontem em Brasília buscando pressionar o governo para que melhorasse a proposta oferecida aos trabalhadores públicos federais.

O governo esperava uma resposta à proposta de reajuste que foi de reposição de 21,3% dos salários, mas dividida em quatro anos, com índices abaixo da inflação. Só esse ano, a inflação comerá 9% dos salários e o governo quer pagar apenas 5% em janeiro de 2016. Ou seja, os trabalhadores arrancam já com perdas.

Na reunião de ontem a resposta foi de que não era possível aceitar a proposta governamental. Os trabalhadores queriam que o governo pensasse numa reposição real das perdas desse ano e que qualquer parcelamento de reajuste não passe de dois anos.

Apesar da bonita manifestação que se colocou em frente ao MEC, com mais de 1.500 trabalhadores, o governo se manteve inflexível. Agora é retornar às bases e definir novas estratégias de luta. Os trabalhadores esperam que o governo repense sua proposta e apresente algo mais dentro da realidade.
Conforme informações divulgadas pela imprensa de Brasília, o Presidente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas (Anesp) João Aurélio de Sousa, teria apresentado ao governo  uma alternativa de redução de custos que poderia diminuir custos e apontar um reajuste melhor aos trabalhadores públicos.

A proposta consiste na transferência de cargos comissionados para servidores concursados. Atualmente, são 22 mil cargos de confiança, alguns já para servidores. Normalmente, os servidores que ocupam esses cargos recebem 60% do salário. Com a adoção da medida, o governo economizaria 40% nos salários. A proposta está sendo analisada pelo Ministério do Planejamento.


A greve nas universidades segue. Nova reunião foi agendada para o dia 21 de julho, embora o secretário Sérgio Mendonça tenha deixado claro que a presidente Dilma não pretende mudar a proposta.

Estagiários do NDI denunciam irregularidades





Estudantes que realizam estágio no Núcleo de Desenvolvimento Infantil da UFSC procuraram, na tarde dessa terça-feira, o comando de greve dos Técnico-administrativos para discutir problemas referentes ao movimento desencadeado por eles e elas no que diz respeito às funções que desempenham. Segundo os relatos, os estudantes, que são de vários cursos da UFSC, acabam tendo de cumprir uma jornada de trabalho desempenhando funções de ajudante de sala, no mais das vezes sem o acompanhamento de qualquer técnico ou professor, o que seria irregular.

É sabido que os estagiários devem desenvolver tarefas que digam respeito à formação do curso e sempre supervisionadas por alguém do setor. Jamais um estagiário poderia cumprir uma tarefa no lugar de um trabalhador, sem qualquer acompanhamento. Mas, ao que parece, isso é o que mais acontece.

Inconformados com essa situação que é recorrente não apenas no NDI, mas em toda a universidade, os estudantes desses espaço em particular decidiram paralisar as atividades nesse período em que acontece também uma greve dos TAEs e dos professores em nível nacional. Ainda segundo o relado do grupo de estudantes foi tentada uma reunião com o diretor do CED e lhes foi dito que eles não poderiam parar o trabalho pois se assim o fizessem estariam sujeitos a perder o estágio.
Preocupados com a falta de diálogo e vendo suas reivindicações sem amparo na instituição eles procuraram o comando de greve para alguns esclarecimentos.

Os trabalhadores explicaram aos estudantes que o estágio precisa de supervisão e eles podem sim questionar o fato de estarem cumprindo tarefas de trabalhadores concursados, sem qualquer acompanhamento. Também se colocaram à disposição para travar uma luta conjunta, uma vez que é pauta dos trabalhadores a luta pelo respeito aos estudantes e ao seu direito de estudar.