quarta-feira, 30 de março de 2016

Portas abertas: vez e voz aos TAEs


TAES livres: abrindo as portas”, muito além de um simples nome, representa uma atitude! Historicamente os TAEs não tiveram seus posicionamentos levados em consideração na UFSC. As decisões foram e continuam sendo tomadas nos altos escalões sem a participação dos principais interessados nas decisões. Mas não devemos ter a ilusão de que as portas se abrirão por si só. Temos que abri-las!!! Para abrir as portas para democracia de fato, isonomia, condições dignas de trabalho é mister que nos posicionemos diante dos desmandos autoritários e retrógrados. Termos audácia para romper com o retrocesso e abrir as portas com determinação e coragem.


Não devemos ter ilusões de que nossa representação fará toda a diferença. O número de cadeiras destinadas aos TAEs nos órgãos deliberativos centrais é insuficiente para possibilitar qualquer mudança de vulto na UFSC. Sozinhos temos pouquíssima capacidade de influência. Mas isso não quer dizer que não possamos agir para fazer algo. No decorrer da nossa última gestão no CUn nossa representação barrou a tentativa da reitoria de tentar passar no CUn a proposta de institucionalização dos campi sem nenhuma discussão de vulto com a comunidade universitária. Ou quando a Reitoria articulou a aprovação de uma proposta de Bolsa Permanência muito aquém das necessidades de permanência dos estudantes na Universidade.

O CUn é um espaço privilegiado para denunciar as condições ou a falta de condições dignas de trabalho que vivenciamos cotidianamente. Para dar visibilidade às denúncias das contradições sustentadas por uma instituição hierárquica e feudal em que os professores mandam e desmandam e nos vem como servos. Uma representatividade de fato prescinde de uma participação efetiva dos TAEs nos canais de discussão e decisão da instituição. Sem portas!!! Avante TAEs!!!



Por isto, dia 5 de abril (TERÇA) vote:



CHAPA 7 para o CUn

Renato Ramos Milis (titular)
Colégio de Aplicação (CA)


Camilla de Amorim Ferreira (suplente)
Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI)






 

          
CHAPA 2 para o CONSELHO de CURADORES


Brenda Morelli Piazza (titular)
Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG)

Luciano Antonio Agnes (suplente)
Agência de Comunicação (AGECOM)
 

sexta-feira, 18 de março de 2016

Sintufsc: a carcaça de um cadáver


Foto: Sintufsc

Por elaine tavares

Apesar de ser sempre muito difícil dialogar com a truculência, não dá para deixar de ir às assembleias do Sintufsc. Afinal, querendo ou não, é ali que se definem as lutas da categoria. Então, lá fomos nós para a assembleia de quinta-feira (dia17). Os temas eram importantes para toda a nossa categoria, quais sejam: adoecimento, assédio moral, direito à saúde e ponto eletrônico. Nada da grande política, ainda que o Brasil esteja a arder. Não esperaria coisa diferente de uma direção que jamais se dignou a discutir os grandes temas do país com os trabalhadores. Por outro lado, na nossa vida cotidiana isso é fundamental e interfere radicalmente na nossa existência.

Não houve análise de conjuntura, nem qualquer menção à montanha russa política que vivemos, como se os trabalhadores da universidade não tivessem nada a ver com isso. O debate se resumia aos pontos intestinos. A questão era então fornecer, aos colegas que participam de comissões criadas pela reitoria sobre esses temas apontados lá em cima, propostas saídas da própria categoria. Importante lembrar que essas comissões foram criadas a partir de uma negociação feita ainda durante a última greve.

Pois, como sempre, lá estava o show de horrores perpetrado pelo nosso sindicato.

A direção do Sintufsc simplesmente negou legitimidade aos colegas que estão nas comissões, porque eles não foram escolhidos em assembleia do sindicato. Ora, as comissões são fruto de uma batalha de greve, construídas em parceria com estudantes e professores, porque afetam todo mundo. E foram aprovadas em uma assembleia universitária, instância política máxima da luta dentro da UFSC. Se não há uma legitimidade legal, por não ser uma assembleia específica da categoria, há uma legitimidade política, na medida em que estávamos em greve. Uma greve na qual os trabalhadores haviam sido praticamente abandonados pelo sindicato, que inclusive, não quis participar da assembleia universitária. Ou seja, o Sintufsc, ao não participar da assembleia universitária, deu aos trabalhadores TAEs organizados – e que participaram da AGU -  a legitimidade de levar adiante o que foi discutido.

Pois nessa manhã de fim de verão, no velho discurso rancoroso contra os próprios trabalhadores (que são apontados como `a oposição`), a direção do sindicato insistiu que se não tinha um representante do Sintufsc na comissão, não deveria ser fornecida nenhuma informação e não seria reconhecida a tal da comissão. Ou seja, danem-se os trabalhadores e seus problemas. É tudo uma questão de ter ou não alguém da direção na comissão. Ora, se já tem ali trabalhadores TAEs, porque não respaldá-los? A proposta que fiz foi justamente essa. Que o sindicato assuma então a luta junto com os trabalhadores e chame os colegas que estão nas comissões para uma discussão conjunta. Vamos trabalhar pelo bem dos trabalhadores. Vamos fazer grandes discussões, chamando gente que está por dentro da temática da saúde e do assédio moral, construindo políticas que garantam uma vida saudável e plena ao técnico-administrativo. Vamos nos unir pelo bem comum.

Mas, não. Temos de ouvir os argumentos mais pífios, de uma política mesquinha e redutora, que leva toda e qualquer fala para o campo das “eleições”, como se todos os trabalhadores fossem como eles, buscando o poderzinho das instituições. A coisa foi tão medonha que a direção sequer encaminhou qualquer proposta. Simplesmente definiram que os membros das comissões não representam a categoria – porque não escolhidos pelo Sintufsc - e ponto final. Nada de juntar forças, nada de construir políticas que pensem e avancem na questão da saúde, do assédio e do ponto eletrônico. Nada de fazer autocrítica pela forma como mutilaram e atrapalharam a última greve. Nada de nada. O sindicato dos trabalhadores da UFSC – de tantas histórias de luta  - hoje é um cadáver, incapaz de dar respostas  - mesmos as mínimas – para os problemas reais dos trabalhadores.

Ao final da assembleia, tudo o que se decidiu foram os representantes para a plenária em Brasília, coisa que nem estava na pauta. Sobre o adoecimento, a saúde, o assédio moral e ponto eletrônico: Nada.  Os trabalhadores que esperem pelas maravilhas que serão oferecidas pelo novo reitor e sua trupe – da qual faz parte a maioria dos dirigentes sindicais.


quarta-feira, 16 de março de 2016

O que significou a chapa para representação dos TAEs nos Conselhos “Superar e Construir: agora é CUn TAEs”?

Em 2013, a eleição para representação dos TAEs no Conselho Universitário (CUn), Conselho de Curadores (CC) e Comissão Interna de Supervisão de Carreira (CIS), significou um dos inúmeros pontos de inflexão na história da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e foi a consequência positiva de: 1) mais de uma década de abandono político e propositivo das cadeiras do CUn; 2) da necessidade de reformulação da CIS pois, desde sua criação enquanto órgão para os TAEs, estava “morta” na UFSC e; 3) da importância de questionar as contas universitárias no CC a partir de noções democráticas.

Assim, naquele ano, pela primeira vez, e contando com mais de 50% de TAEs votantes, a totalidade das cadeiras nos órgãos de representação máximos da Instituição esteve nas mãos do polo democrático de esquerda, o que representou uma virada significativa na relação de subserviência tradicional dessas representações, que, quando tinham algum significado político para a categoria, era só em protoformas de luta, para os TAEs acreditarem que existia alguém os representando de fato. A missão do novo bloco de representações era superar em qualidade todas as representações anteriores que a categoria havia elegido e construir a possibilidade de intervenção verdadeira dentro dos órgãos superiores da Instituição.

Enquanto na CIS as decisões estão no poder democrático dos TAEs, no CC e no CUn, somos uma esmagadora minoria, menos de 15% das representações dos membros.A verdade é que a Universidade não é democrática. Sua estrutura de poder e seus regimentos internos pouco mudaram desde que a antiga UFSC serviu de modelo de instituição do regime militar. Por isso, as limitações são enormes para a atuação dos TAEs nessas esferas.

É verdade que pensadores brasileiros na área da educação visualizam a estrutura de poder das universidades como um “processo cujo núcleo se radica na apropriação do aparelho universitário por uma burocracia cujo compromisso principal não é com as classes subalternas que financiam a universidade, mas sim, com seus próprios interesses mesquinhos da camada social privilegiada em busca de enriquecimento.” (BRAGA e BIANCHI, 2015)[1]. Ao invés de silenciarmos frente àqueles que se apropriam da Universidade como se fosse sua, realizamos uma verdadeira epopeia para desmistificar os interesses por detrás da máscara da democracia e do diálogo.

Membros do bloco representativo e apoiadores da chapa Superar e Construir realizaram intervenções que colocaram em xeque os ditos “interesses institucionais”, realizando verdadeiras desmistificações sobre a não implantação da jornada de 30 horas semanais com 12 horas de atendimento diário aos usuários, a falta de transparência das fundações de apoio, a cessão do terreno universitário para as obras municipais na rua Deputado Antônio Edu Vieira, a não institucionalização democrática dos Campi, a ausência do voto universal formal e a aprovação da EBSERH. Esta última ação da Reitoria, inclusive, desconsiderou completamente a opinião da comunidade universitária que foi às urnas dizer NÃO à EBSERH (cerca de 70% de votos contrários), originando uma das maiores gafes protagonizadas pela atual gestão: uma sessão do Conselho Universitário dentro da Polícia Militar, se assemelhando perfeitamente ao regime militar ditatorial, e demonstrando na prática, mais uma vez, que a UFSC não é democrática.

Junto com a CIS, realizamos uma verdadeira batalha dentro e fora dos muros institucionais, em conjunto com os TAEs, na primeira greve local, contra as Portarias Normativas 40 e 42, que instituíram o registro de assiduidade positivo e buscaram punir os trabalhadores por almejarem uma universidade democrática que não fosse construída sobre a estrutura neopatrimonialista herdada da ditadura.

No CC, por exemplo, forçamos a cobrança das devidas taxas das fundações que elas têm que, obrigatoriamente, repassar à UFSC, além de aumentarmos a transparência do que ocorre nas sessões (até então, mal se sabia quando ocorriam!), e de questionarmos as lacunas para a compra do prédio Santa Clara e, também, as lacunas encontradas nas prestações de contas e relatórios anuais de gestão.

Mas a maior efervescência política representativa foi, de fato, no CUn, onde travamos verdadeiras batalhas pela transparência e legalidade nos atos da Instituição. Se não conseguimos o que queríamos em sua completude, ao menos, forçamos as estruturas e representantes do neopatrimonialismo a cederem em inúmeras ocasiões e, desta maneira, pudemos alcançar o status de uma esmagadora minoria que virou uma minoria esmagadora.

Vimos pessoas “mudarem de lado”, e observamos tudo que o poder e a dedicação em possuí-lo e mantê-lo causa a muitos, que antes se diziam de esquerda, e depois, sequer se envergonhavam por defenderem a supremacia docente e a resignação dos TAEs.

Infelizmente, na esteira das mistificações da realidade, a gestão atual do SINTUFSC promoveu alterações em seu Estatuto e no plano de lutas, quando retiraram do último plano a luta histórica pelo voto universal e a auditoria da dívida pública, e, ao mesmo tempo, já prevendo a aprovação da EBSERH com dois anos de antecedência à aprovação no CUn, criaram uma margem para a assimilação estatutária dos trabalhadores da Empresa.

O significado da chapa “Superar e Construir: agora é CUn TAEs”, não é um significado estanque, preso nos tempos da “gestão Roselane Neckel”; é um movimento que transcende, sendo uma necessidade objetiva de que os trabalhadores das instituições públicas do país têm de fazer frente aos avanços de apropriação do bem público, pela recomposição das instituições e de seus trabalhadores em seus aspectos remuneratórios, democráticos e de transparência.

 Agradecemos por todos os votos que recebemos em 2013!

 

 Chapa Superar e Construir: agora é CUn TAEs

Carta de princípios: http://taeslivres.blogspot.com.br/p/carta-de-principios.html

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[1] BRAGA, Ruy e BIANCHI, Álvaro. Dossiê: a Universidade em crise – dilemas, desafios e perspectivas.Entre duas ameaças: a burocracia e a mercantilização da Universidade. São Paulo: Editora Boitempo, 2015. 

quarta-feira, 2 de março de 2016

ASSEMBLEIA DIA 17/03, ÀS 9H, NA REITORIA I



Dia 17/03, quinta-feira, às 9h, no auditório da Reitoria, ocorrerá mais uma assembleia geral, com pauta específica, para discutir as recentes portarias da Reitoria que criaram quatro comissões sobre:

- Portaria n. 2264, de 22 de dezembro de 2015 – estudos e acompanhamento sobre adoecimento de servidores;

- Portaria n. 94, de 19 de janeiro de 2016 - apresentar os requisitos para a implantação de um sistema eletrônico de registro de assiduidade e pontualidade;

- Portaria n.  142, de 25 de janeiro de 2016 – propor uma política para combate ao assédio moral na UFSC;

- Portaria n. 310, de 23 de fevereiro de 2016 – elaborar proposta de política institucional de educação infantil e de creches.

Abaixo, seguem as portarias na íntegra: