Os trabalhadores em greve realizaram assembleia e decidiram por exigir do reitor Luis Carlos Cancelier, a exoneração do professor Felício Margotti, por conta da agressão a um estudante do Centro de Comunicação e Expressão durante protestos na UFSC.
Esta página foi criada com objetivo de ser espaço de reflexão e contribuir na organização dos trabalhadores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Santa Catarina, na discussão sobre a representação dos TAEs nas instâncias da Universidade. Seja bem vindo!
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quinta-feira, 17 de novembro de 2016
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Reitoria lava as mãos na defesa da universidade pública
A nota lançada pela Administração da UFSC sobre o movimento de
luta e ocupação que começa a crescer na UFSC é um sonoro lava-mãos.
Apesar de o Conselho Universitário já ter se posicionado contra
a PEC da morte (agora de número 55, no Senado), a Administração Central
preferiu jogar para as direções de Centro qualquer decisão que venha a ser
tomada com relação às ocupações. Mas, deixou claro: “reconhece o direito de
livre manifestação e opinião, resguardado o direito de livre acesso às
dependências físicas dos centros de ensino, tais como salas de aula,
laboratórios, clínicas e salas de trabalho, bem como a eventos já previamente
agendados”. Ou seja, já incorporou o discurso do direito de ir-e-vir, tão caro
à classe dominante.
Sem comprometer-se com a luta em curso, declarou que não irá
tomar nenhuma medida unilateral que caracterize intervenção nos Centros, todas
as decisões estarão a cargo dos diretores, mas agirá em consequência caso seja
solicitado.
Também não assume nenhuma posição concreta com relação aos casos
de agressão que vem se registrando cotidianamente por parte de professores e
estudantes, que ameaçam, rasgam cartazes e provocam com violência verbal (e até
fisica) os trabalhadores e estudantes. Na nota, a Administração limita-se a
“rejeitar as manifestações de intolerância e violência”, mas, na prática, nada
faz para coibir essas ações.
Ora, a administração deveria tomar uma posição firme sobre tudo
isso. Ir à publico, ocupar a televisão, os meios de comunicação da Instituição,
para deixar bem claro o que pode acontecer com a Universidade caso a PEC da
morte passe. É bastante desolador que essa Administração, que se elegeu na
crítica à ultima gestão, se comporte como ela, através de notas insossas e
descomprometidas.
O reitor de uma universidade como a UFSC deveria ter o
protagonismo nesse momento crucial de luta pela educação. Com a
responsabilidade de quem comanda uma das mais importantes universidades do
país, deveria misturar-se à luta, oferecer apoio aos estudantes que se
mobilizam na defesa da educação e colocar todo o seu poder político para
reforçar essa batalha que se trava em nível nacional.
Num espaço onde circulam mais de 40 mil pessoas de todo o estado
de Santa Catarina o mínimo que se poderia esperar de um reitor comprometido de
verdade com a educação era sua imediata ação no sentido de informar às famílias
dos estudantes tudo o que está acontecendo no país e os riscos que a
Universidade Pública corre.
Ainda é tempo. Esperamos o compromisso e o apoio concreto por
parte da Administração.
TAEs Livres - UFSC