quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Caso Daniel Dambrowski ainda sem final



Segundo o advogado que cuida do caso de Daniel Dambrowski, o processo já retornou para a UFSC depois de realizada a defesa. Agora, espera-se que o assunto se resolva. Mas, enquanto isso, colegas seguem se manifestando em solidariedade ao companheiro que ainda está em risco de ser exonerado, por sua ação de luta nas greves da UFSC.


Conheci o Daniel quando trabalhamos juntos no Grupo Reorganiza UFSC. Depois continuei acompanhado seu trabalho no Conselho Universitário, entre outras atividades pela UFSC.

Durante este período pude ver na prática o quanto Daniel é responsável e comprometido não só com seu trabalho técnico especificamente, mas comprometido com uma universidade que sirva a todos. Uma universidade para estudantes, para Técnicos Administrativos em Educação, para professores, uma universidade para a sociedade!

Um exemplo do comprometimento e da responsabilidade do Daniel por seu trabalho foi o fato dele dedicar muito mais horas que a sua carga horária oficial para cumprir um trabalho solicitado, por meio de portaria, pela administração Central da Universidade.

Nesta época, a portaria da reitoria o liberava por 10 horas semanais para realizar o dimensionamento da UFSC, como objetivo de reorganizar administrativa e socialmente o trabalho técnico da Universidade, ampliando o atendimento da UFSC para seus usuários.

Contraditoriamente e desrespeitando a portaria da reitoria a chefia setorial de Daniel não o liberava para a trabalho solicitado pela chefe maior da Universidade.

Mas, demonstrando sua responsabilidade e comprometimento com o serviço público e com o trabalho que a Universidade exigia, o colega Daniel realizava sua carga horária oficial total em seu Setor e realizava o trabalho solicitado pela reitoria com muitas horas extras, sem ter qualquer acréscimo em seu salário. Sua dedicação aos dois trabalhos (Setor e Reorganiza) era intensa e bonita de ver! O que significa isto senão comprometimento? Reponsabilidade? Seriedade?

Por ter acompanhado de perto a dedicação de Daniel ao trabalho e a “coisa pública” é que tenho tranquilidade em afirmar que não é possível alguém ter acompanhado de verdade seu trabalho e o avaliar mal em seu comprometimento e responsabilidade ao trabalho.

Por esta razão fiquei impactada quando soube que existia a possibilidade dele ser exonerado por ser reprovado no estágio probatório.

Pois, além de conhecer a seriedade do colega com seu trabalho ainda soube das inconsistências do processo de avaliação de estágio probatório dele, onde além de não seguir os ritos legais ainda afirmam situações impossíveis de ocorrer como faltar ao trabalho e, em sua ausência não se relacionar bem com os colegas de trabalho e, também em sua ausência estragar equipamentos. Como pode estar ausente e causar estes danos?

Assim, pelos exemplos da atuação do Daniel, que toda Universidade pôde acompanhar; pelas inconsistências no processo de estágio probatório, e por acreditar que a reitoria atual da UFSC - que não foi a responsável pelo processo questionável de avaliação do colega – irá fazer questão de um processo que cumpra com a legalidade exigida, entendo que a ameaça de exoneração será excluída e um novo processo, legal, será realizado.

Dalânea Cristina Flôr
Pedagoga UFSC

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