sábado, 8 de março de 2014

ATÔNITOS ESTAMOS NÓS- A Situação dos Campis


Primeiro Boletim Informativo das Representações dos TAEs da UFSC. 



No dia 26/02 deste ano fomos recebidos com a notícia de que foi dada a posse para a nova direção de Curitibanos. Este fato gera alguns questionamentos que reforçam a posição tomada pelos representantes dos TAEs e pelos estudantes nas sessões “especiais” do Conselho Universitário (CUn), quando este Conselho tentou alterar, sem discussão, o Regimento e Estatuto da UFSC.

Podemos nos perguntar como e quem decidiu quem comporia a nova direção do Campus de Curitibanos. A resposta certamente não será “foi a comunidade do campus” ou “a decisão foi feita por meio de uma eleição”. Mas, por que isto? Por que as pessoas que dizem defender as posições mais republicanas e democráticas na Universidade não instauraram, ou ao menos propuseram um processo eleitoral e/ou de consulta?

A resposta que estes supostos arautos do republicanismo darão é que não é possível realizar a democracia, pois os campi não existem institucionalmente. Mas esta resposta traz em si um falseamento da realidade; todos que detêm o poder nesta Universidade sabem, ou ao menos deveriam saber, que não há eleição dentro das IFES, o que temos é um processo de consulta informal, que pode se dar a qualquer momento, por qualquer entidade e de qualquer forma, pois quem escolhe de fato as direções de Centro é o Reitor com base em uma lista tríplice, e quem escolhe o Reitor é o MEC, também tendo como base uma lista tríplice elaborada por sua vez, pelo CUn. 

Estamos constituídos sobre as bases arcaicas de uma legislação que carrega todo o espírito de uma ditadura militar, no entanto, as brechas feitas pelo movimento popular e sindical neste país, permitem que possamos instaurar processos de consulta para apontar quem a comunidade prefere para ser Diretor de Campi, Diretor de Centro e Reitor. Porém, a decisão não é da comunidade, mas ela pode, ao menos, apontar a sua preferência.

Queremos, desejamos e iremos imbuir nesta Universidade o espírito democrático real! Os debates públicos deliberativos precisam existir, e devemos caminhar para uma eleição de fato, não ficando presos aos desígnios do Governo Federal ou da Reitoria.

A partir da Greve que irá se iniciar no dia 17 de Março pretendemos construir coletivamente as soluções para os problemas estruturais dos Campis e para os demais anseios democráticos desta Universidade. Com isto em mente, conclamamos a TODOS para participar da Greve e de seus espaços de formação e construção coletiva.

Atenciosamente.
Representantes dos TAEs no CUn, CIS e Curadores.
Círculo dos TAEs
 

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