A
GREVE INTERNA DOS TAEs E A CONSTRUÇÃO DA UFSC DEMOCRÁTICA
No dia 31 de julho de
2014, em uma assembleia geral com mais de 600 TAEs, a categoria aprovou o
indicativo de uma greve interna a partir de 5 de agosto de 2014. Pouco
mais de um mês após o fim da greve nacional, a categoria entende que a
expedição da Portaria Normativa nº 43\2014\GR significa o rompimento das
negociações outrora em curso da pauta interna da greve 2014. Com isso, as duas
greves ocorridas na atual gestão da reitoria da UFSC apontaram para o
descumprimento de acordos por parte da Administração Central.
Em 2012, após longo
processo de negociação, foram acordados debates públicos para decisão sobre o
tema das 30h com 12h de atendimento em todos os setores da UFSC. E em 2014,
enquanto se negociava os termos da Resolução Normativa proposta pelos TAEs para
a implementação das 30h a todos os TAEs, a reitoria não somente desrespeitou as
negociações, como também expede uma problemática portaria impondo as 40h em
horário comercial a todos os TAEs, inviabilizando e desconsiderando a
necessidade de atendimento em uma universidade cujas atividades de ensino
iniciam às 7h20 e se encerram às 22h; que conta com um hospital; com a maior
biblioteca pública do Estado de Santa Catarina; que guarda as fortalezas da
Ilha de Santa Catarina; que possui uma moradia estudantil e que presta tantos
outros serviços que não se adequam ao horário comercial imposto em meio a um
processo de negociação.
Os TAEs cansaram de
tentar dialogar com uma Administração que não ouve e que não permite diálogo
institucional dos TAEs com a comunidade universitária. Os debates públicos
nunca forma organizados, apesar de prometidos, e a proposta de Resolução
Normativa das 30h para todos, ainda que com parecer favorável da AGU e da
Procuradoria da República, foi colocada em mais uma gaveta. A gaveta
"TAEs", somente aberta para punir, processar e fazer falsas
promessas.
Diante disso, o que se
aponta é para a primeira greve interna da história da UFSC. E para a primeira
greve em que as atividades não são paralisadas. Ao contrário, a greve que se
desenha é a greve em que os TAEs implementarão as 30h a todos, com 12 de
atendimento em todos os setores. A construção das 30h na prática é o diálogo
real dos TAEs com a comunidade, é a construção democrática e a demonstração
real da melhoria que tal medida trará a todos.
A partir de 5 de agosto,
mostraremos muito mais que as 30h na prática; que o controle social em que os
usuários participam das decisões; que os horários de atendimento da UFSC podem
e devem ser ampliados. A partir de 5 de agosto, mostraremos à toda
comunidade universitária a construção democrática de uma universidade.
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