sábado, 2 de agosto de 2014

CHEGA DE PEDIR A BENÇÃO: A CONSTRUÇÃO DA UFSC DEMOCRÁTICA



A GREVE INTERNA DOS TAEs E A CONSTRUÇÃO DA UFSC DEMOCRÁTICA

No dia 31 de julho de 2014, em uma assembleia geral com mais de 600 TAEs, a categoria aprovou o indicativo de uma greve interna a partir de 5 de agosto de 2014. Pouco mais de um mês após o fim da greve nacional, a categoria entende que a expedição da Portaria Normativa nº 43\2014\GR significa o rompimento das negociações outrora em curso da pauta interna da greve 2014. Com isso, as duas greves ocorridas na atual gestão da reitoria da UFSC apontaram para o descumprimento de acordos por parte da Administração Central.

Em 2012, após longo processo de negociação, foram acordados debates públicos para decisão sobre o tema das 30h com 12h de atendimento em todos os setores da UFSC. E em 2014, enquanto se negociava os termos da Resolução Normativa proposta pelos TAEs para a implementação das 30h a todos os TAEs, a reitoria não somente desrespeitou as negociações, como também expede uma problemática portaria impondo as 40h em horário comercial a todos os TAEs, inviabilizando e desconsiderando a necessidade de atendimento em uma universidade cujas atividades de ensino iniciam às 7h20 e se encerram às 22h; que conta com um hospital; com a maior biblioteca pública do Estado de Santa Catarina; que guarda as fortalezas da Ilha de Santa Catarina; que possui uma moradia estudantil e que presta tantos outros serviços que não se adequam ao horário comercial imposto em meio a um processo de negociação.

Os TAEs cansaram de tentar dialogar com uma Administração que não ouve e que não permite diálogo institucional dos TAEs com a comunidade universitária. Os debates públicos nunca forma organizados, apesar de prometidos, e a proposta de Resolução Normativa das 30h para todos, ainda que com parecer favorável da AGU e da Procuradoria da República, foi colocada em mais uma gaveta. A gaveta "TAEs", somente aberta para punir, processar e fazer falsas promessas.

Diante disso, o que se aponta é para a primeira greve interna da história da UFSC. E para a primeira greve em que as atividades não são paralisadas. Ao contrário, a greve que se desenha é a greve em que os TAEs implementarão as 30h a todos, com 12 de atendimento em todos os setores. A construção das 30h na prática é o diálogo real dos TAEs com a comunidade, é a construção democrática e a demonstração real da melhoria que tal medida trará a todos.

A partir de 5 de agosto, mostraremos muito mais que as 30h na prática; que o controle social em que os usuários participam das decisões; que os horários de atendimento da UFSC podem e devem ser ampliados. A partir de 5 de agosto, mostraremos à toda comunidade universitária a construção democrática de uma universidade.

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