terça-feira, 5 de junho de 2012

PLENÁRIA DOS TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS DA EDUCAÇÃO

PLENÁRIA DOS TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS DA EDUCAÇÃO
Dia 14 de junho às 18h30min
No Auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) – 2º andar
Objetivo:
  1. Fazermos uma avaliação mais aprofundada da instituição e de seus órgãos deliberativos;
  2. Elaborarmos um diagnóstico mais aprofundado dos problemas que afetam a categoria;
  3. Elaborarmos uma Plataforma eleitoral para os representantes nos órgãos citados;
  4. Escolhermos nossos candidatos à representação em cada um destes órgãos.

ELEIÇÕES PARA OS CONSELHOS SUPERIORES DA UFSC E COMISSÃO INTERNA DE SUPERVISÃO DA CARREIRA



ELEIÇÕES PARA OS CONSELHOS SUPERIORES DA UFSC E COMISSÃO INTERNA DE SUPERVISÃO DA CARREIRA

Proposta de participação na disputa eleitoral dos trabalhadores comprometidos com a democratização e compromisso social da UFSC e com a categoria dos
Técnico-Administrativos da Educação

Estamos num momento de substituição de quatro dos seis representantes dos Técnico-Administrativos da Educação (TAEs) no Conselho Universitário (CUn), de um representante no Conselho de Curadores e dos membros da Comissão Interna de Supervisão da Carreira (CIS). O Edital convocando as eleições foi publicado pela Reitoria e as inscrições de chapas vão até o dia 20 de junho.

Neste momento em que assume uma nova Reitoria na UFSC, abre-se a perspectiva e necessidade de lutarmos com mais força por uma universidade democrática de verdade, aberta aos setores historicamente excluídos da sociedade, com garantia de permanência para os estudantes, que avance na qualidade e gratuidade do ensino, pesquisa e extensão e que atenda, principalmente, as demandas sociais e com o compromisso de avançar nos conhecimentos como propriedade de toda a humanidade e não como propriedade privada. Esta transformação só é possível com garantia de administrar a instituição por meio de um planejamento democrático e com a participação de todos aqueles que compõem o quadro funcional (TAEs e professores), estudantes e representantes da sociedade. A nossa participação no processo eleitoral para a escolha de nossos representantes tem grande importância para encaminharmos e defendermos os princípios da democracia, que pressupõe uma igualdade verdadeira para uma gestão democrática de uma instituição pública que é a UFSC.

Partindo destes pressupostos, neste momento de eleição dos nossos representantes para os Conselhos Superiores e CIS, devemos aproveitar para debatermos e refletirmos sobre o papel profissional dos Técnico-Administrativos da Educação (TAEs) no trabalhos acadêmicos e no espaço reservado a nós no processo decisório da gestão universitária.

O CUn é o órgão máximo de deliberação e compete a ele definir as diretrizes da política acadêmica no que diz respeito à política de ensino, pesquisa, extensão e de gestão universitária, acompanhar sua execução e avaliar seus resultados.

Veja a composição do CUn:
Reitor
diretores de centro (11)
1 repres. prof. educação básica
vice-reitor
3 repres. câmara de ensino
1 prof. repres. unidades de ensino (11)
pró-reitor de pesquisa
3 repres. câmara de pesquisa
6 repres. técnico-administrativos
pró-reitor de extensão
3 repres. câmara de extensão
6 repres. estudantis
pró-reitor de pós-graduação
3 repres. câmara de pós-graduação
6 repres. comunidade externa (sendo 3 repres. da federação dos patrões e 3 repres. dos trabalhadores)
pró-reitor de ensino

Observando o quadro acima, vemos que a representação dos TAEs se resume a seis pessoas. Por exemplo, os TAEs não tem representações advindas dos Centros de Ensino, como dos professores que possuem 11 representantes. Somos impedidos de participar dos colegiados dos departamentos e dos cursos, nas unidades acadêmicas, nas câmaras de ensino, pesquisa, extensão e de pós-graduação e na gestão dos órgãos complementares e suplementares da UFSC. Esse reduzido espaço reservado à nossa participação nos órgãos de deliberação da política universitária, reflete a estrutura de poder presente na Universidade e o papel secundário que cabe aos TAEs e estudantes. Olhando desta forma, a UFSC não é uma instituição democrática, pois trata o seu quadro funcional de forma hierárquica e não em pé de igualdade, princípio necessário para uma democracia verdadeira. A desigualdade estrutural fere até o princípio de universalidade do sufrágio, que permite aos indivíduos votar e ser votado. Os TAEs só podem votar, mas não podem ser votados para os cargos de reitor e diretor de centros de ensino. Essas legislações antidemocráticas, que resultam da hegemonia de um segmento universitário, impedem de avançarmos na qualidade da missão da Universidade que foi delegada pela sociedade. Posto desta forma, o não reconhecimento das importantes funções acadêmicas que possuímos e que contribuem para o processo de qualidade da instituição, transforma-se em hierarquização dos indivíduos, resultando daí o trabalho alienado, causador de insatisfações profissionais, infelicidade humana e de não pertencimento acadêmico. Assim, se define a atual hierarquia universitária, perpetuada durante os 50 anos de administração da UFSC. Nessas circunstâncias, o papel dos representantes dos TAEs no CUn é limitado. Mas se pretendemos mudar a gestão da universidade, é fundamental construirmos e reforçarmos o debate sobre a importância de que a instituição inclua nos processos de tomada de decisões esta parcela significava de seus trabalhadores.

Vale ressaltar que é no contexto hierárquico atual que políticas como o "ponto eletrônico" somente para TAEs serão decididas, e que demandas como a jornada de 30 horas semanais estão sendo ignoradas, mantendo a desigualdade entre professores e TAEs e entre os próprios TAEs, prejudicando sobretudo a instituição. Será no CUn, por exemplo, que se decidirá sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebeserh), que afetará principalmente o conjunto de TAEs do HU, mas também a sociedade como um todo.

Importa também salientar que estas seis vagas no CUn e a vaga no Conselho de Curadores são espaços de representação de TODOS os técnico-administrativos da instituição, e, portanto, os ocupantes dessas cadeiras devem dialogar amplamente com seus pares, encaminhando demandas e defendendo posições coletivas da categoria, e não interesses e posturas individualistas.

Outro ponto importante diz respeito à eleição para a composição da Comissão Interna de Supervisão da Carreira dos Cargos Técnico-administrativos em Educação (CIS). Esta comissão foi criada em 2005 por ocasião da aplicação do novo plano de carreira dos TAEs, instituído naquele ano pela Lei 11.091. Naquele momento, sua finalidade imediata era supervisionar a implantação desse novo plano de carreira, bem como o reenquadramento dos TAEs. Após sete anos de vigência do atual plano de carreira, dentre as atribuições legalmente reservadas à CIS, destacamos hoje as seguintes ações: orientar a área de pessoal, bem como os TAEs, quanto ao plano de carreira; fiscalizar e avaliar a implementação do plano de carreira no âmbito da UFSC; propor à Comissão Nacional de Supervisão as alterações necessárias para o aprimoramento do plano; e apresentar propostas e fiscalizar a elaboração e a execução do plano de desenvolvimento de pessoal da instituição e seus programas de capacitação, de avaliação e de dimensionamento das necessidades de pessoal e modelo de alocação de vagas.

Trocando em miúdos, a CIS deveria atuar como um importante instrumento de defesa dos direitos da categoria, contribuindo para a ampla divulgação de todos os aspectos inerentes à carreira entre os técnico-administrativos, como, por exemplo, no que tange à questão da capacitação e dos afastamentos para formação. Registre-se que, atualmente, essas ações não vem sendo construídas, tampouco existe uma aproximação entre a comissão e o conjunto dos TAEs, notadamente os recém ingressos. A inexistência de um sítio eletrônico da CIS demonstra a falta de comunicação entre comissão e categoria.

Preocupados com as grandes distorções, já históricas da Instituição, dos processos de escolha dos nossos representantes nestes órgãos deliberativos e fiscalizadores da UFSC e, considerando o momento para lutarmos por uma universidade de fato democrática, um conjunto de técnico-administrativos, vêm se reunindo para tratar destes assuntos. Na última reunião, decidimos lançar este Manifesto para convidar todos os TAEs, que valorizam e defendem o processo democrático e participativo na Universidade e seu compromisso com a sociedade, a nos reunirmos, com os seguintes objetivos, em uma:
PLENÁRIA DOS TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS DA EDUCAÇÃO
Dia 14 de junho às 18h30min
No Auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) – 2º andar

  1. Fazermos uma avaliação mais aprofundada da instituição e de seus órgãos deliberativos;
  2. Elaborarmos um diagnóstico mais aprofundado dos problemas que afetam a categoria;
  3. Elaborarmos uma Plataforma eleitoral para os representantes nos órgãos citados;
  4. Escolhermos nossos candidatos à representação em cada um destes órgãos.

Desta forma, estabeleceremos, desde já, um processo de escolha que não se baseia mais em interesses pessoais, carreiristas e politiqueiros, mas nas demandas democráticas e de luta dos trabalhadores TAEs. Desta forma, estaremos comprometidos em apoiar nossos representantes, defendendo a plataforma coletiva de atuação, acompanhando-os e oferecendo os subsídios necessários, divulgando e fortalecendo suas atuações nos conselhos superiores da UFSC e na comissão interna de supervisão da carreira.

Os TAES que assinam este docto e mais informações podem ser obtidas em: http://taesufsc.blogspot.com.br/