sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A luta dos trabalhadores por um direito básico





Na Segesp








Com Carlos







 Exigindo os documentos




 
Os trabalhadores que tiveram seus salários descontados  - em torno de 200 - estiveram no departamento de pessoas da UFSC para fazer cópia do processo que gerou o desconto, pois  é sabido que eles tem o direito constitucional de ampla defesa e podem recorrer da decisão tomada pela reitoria. Mas, quando solicitaram a cópia dos documentos, houve a negativa por parte de uma das atendentes, sob a alegação de que "atrapalharia ao trabalho". E, apesar da explicação dos trabalhadores de que o prazo para entrar com recurso depois da decisão do desconto é de cinco dias, a colega trabalhadora alegou que seriam necessário até 15 dias para providenciar as copias. Ora, daqui há 15 dias já não há mais tempo hábil para o recurso. Houve protestos e a decisão da administração, em vez de garantir um direito, foi chamar a segurança.

No dia seguinte, lá estava o segurança, para "manter a ordem", segundo a fala de outro atendente do setor. Como o acesso ao processo que corta salário é um direito do trabalhador, hoje, após a assembleia, os TAEs seguiram em passeata até a Segesp - setor de pessoas  - para dialogar com a secretária Juliana sobre a necessidade de serem repassados os documentos até segunda feira, visto que na terça encerra-se o prazo para o recurso. Lá chegando foram informados de que a secretária havia ligado dizendo que estava doente e não viria ao setor. Foi pedido para falar com seu substituto. Não havia ninguém. 

Os trabalhadores buscaram outra chefia da Segesp, de outro departamento, para exigir a cópias dos processos. Ela disse que não podia liberar os documentos pois a chefe era a Juliana. Um jogo de empurra sem fim. Dentro de todo o setor de pessoal não havia ninguém com poder de solicitar as cópias dos documentos. A confusão se armou e uma das trabalhadoras da recepção passou mal. Esse é o terrível clima que a administração central criou na UFSC: mal-estar, doença e embate entre os colegas. 

Então, os trabalhadores foram até o gabinete da reitora. Alguém deveria estar no comando da universidade. Ao observar os trabalhadores chegando a colega da recepção da reitoria trancou a porta e sumiu. Os trabalhadores ficaram batendo na porta até que apareceu o Pró-Reitor de Administração, Antônio Carlos Montezuma, gritando para que calassem a boca. Os ânimos se acirraram. Os gritos continuaram até que apareceu o Pró-Reitor de Gradução , Julian Borba, Ele abriu a porta e disse que o chefe de gabinete estava vindo. 

Com a chegada de Carlos Vieira, os trabalhadores exigiram que o setor de pessoal entregasse os documentos devidos por direito. Ele se dirigiu até o setor e conversou com as chefias que se comprometeram a tirar as cópias dos processo até o final da tarde de hoje. 

O mais surpreendente é que, durante a conversa, soube-se que as reitoras não estavam na UFSC e que o reitor em exercício é o Pró-Reitor de Gradução, que simplesmente repassou o mando da universidade para o chefe de gabinete. Todo o poder ao Carlos. 

A conversa com o chefe de gabinete entrou pela manhã afora, com o mesmo mantendo a intransigência em manter os descontos, mesmo sabendo que os documentos que geraram os descontos estão cheios de irregularidades. Carlos insiste que a reitoria não reconhece a greve e que manterá os descontos. Segundo ele os documentos serão entregues hoje até as seis horas da tarde.
É muito importante que cada trabalhador, ao pegar a cópia do processo, revise os documentos. Devem constar da relação os seguintes documentos: boletim de frequência, folha de frequência e metodologia dos cálculos que foi usada para definir os descontos.

Ao receber a cópia, o trabalhador deve escrever na ultima folha do processo o seguinte texto: Recebi a cópia desse processo no dia 17 de outubro. No dia em que assinei a ciência solicitei a cópia e a mesma não me foi entregue. Portanto, o prazo para recursos deverá contar a partir dessa data e hora.  
Isso é importante para garantir o prazo dos cinco dias que existe para a entrada de recurso.
Hoje a administração deu mais uma mostra de intransigência, desrespeito aos direitos e incapacidade gerencial. Os trabalhadores seguem firmes na luta! Vão até o fim para provar que não foram impontuais nem tiveram faltas injustificadas. Há uma greve de trabalho, as tarefas estão sendo cumpridas, há pedidos de negociação. 

A greve foi deflagrada no dia 05 de agosto e tem como motivo o rompimento de acordos por parte da reitoria em debater com a comunidade universitária o processo de trabalho dos TAEs. 

Todos na Segesp hoje, às 17h


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