quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O silêncio da Magnífica Sereia: as ameaças da Reitora Roselane Neckel e os TAEs em greve















Primeiro, a lenda

Na última reunião de negociação da Administração Central da UFSC com a comissão de negociação do Comando de Greve da UFSC foi afirmado que haveria uma maneira de não realizar corte de ponto dos TAEs. O procedimento seria o de enviar uma notificação individual, que não constaria na pasta funcional dos TAEs notificados e seria arquivado. Na notificação constaria que o TAE “faltante” não deveria mais esquecer-se de assinar o ponto e, diante disso, todos estariam protegidos, tanto os TAEs, quanto a Administração Central, que não faria o duro trabalho de cortar ponto dos TAEs...
Essa é a lenda. Agora vamos aos fatos. 

Depois os fatos: porque o corte de ponto é uma ameaça sem sentido

Já nos encaminhamos para o fechamento da segunda folha salarial desde o princípio de nossa greve interna. Até o momento, a Reitoria da UFSC não se dignificou a participar de nenhuma reunião, burlou Regimentos Internos e descumpriu Leis Federais para não pautar o legítimo recurso da CIS solicitando a revogação da Portaria 43. Fez declarações públicas de que “servidores faltantes terão desconto de suas faltas”. Além disso, publicizou documento afirmando que a Procuradoria da República orientou o desconto de “servidores faltantes”. Em nenhuma das entrevistas ou documentos públicos a reitoria manifestou o que faria em situações de greve. Por qual motivo?

Porque a reitoria sabe que não pode encaminhar corte de ponto de trabalhador em greve, a menos que seja uma DETERMINAÇÃO da justiça. Ao contrário da iniciativa privada, em que tudo é permitido desde que não seja ilegal, no serviço público, como todos sabemos, o dirigente somente pode fazer o que a Lei obriga. E a reitora da UFSC não tem ordens para cortar o ponto de ninguém.

Por isso a greve tem sido tornada invisível, por isso as reportagens encomendadas não fazem uma única pergunta em relação à greve dos TAEs. Os TAEs em greve estão protegidos e a Administração Central sabe disso. Em um belo texto, o escritor tcheco Franz Kafka afirmou que o que há de mais perigoso nas sereias não é seu canto, mas seu silêncio. E não são as ameaças assustadoras da Reitora da UFSC que demonstram os movimentos de sua gestão, mas, ao contrário, é seu silêncio.

A greve tem de acabar para a reitora da UFSC impor sua magnífica ditadura sobre os TAEs, dobrar seus espíritos e sua luta crescente em defesa de uma universidade autônoma e democrática. E para que isso ocorra, o único artifício que resta à reitoria é ameaçar e ofertar acordos escusos para que os TAEs se amedrontem, dispersem, saiam de greve e se separem para, fracos, poderem ser esmagados por uma reitora que nunca vacilou quando pode esmagar os que lutam por uma universidade democrática. Mas unidos, em luta e em greve, a reitora nada pode fazer a não ser ameaçar e demonstrar o autoritarismo que usará contra todos aqueles que ela pode usar. E com os TAEs hoje, ela não pode!

TODOS À ASSEMBLEIA DE 02 DE OUTUBRO, A PARTIR DAS 9h
JUNTOS SOMOS FORTES!

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