Solidarizo-me com a luta dos técnico-administrativos (TAS) da UFSC
por ser mais do que justo o pleito das 30 horas semanais. Para além da questão
jurídica, essa demanda expressa um projeto de Universidade voltado para o
atendimento continuo da comunidade universitária. Portanto, avalio que a
jornada de 30 horas semanais com a implantação de turnos contínuos – que já é
normatizada – vem ao encontro do incremento da qualidade acadêmica.
O amplo debate é parte do ideário de uma Universidade democrática,
com qualidade do ensino, pesquisa e extensão, projeto pelo qual tanto lutamos, em
um espaço do livre pensar crítico em relação à sociedade e aos nossos atos, e em
uma perspectiva plural e de respeito mútuo. Esse ideário precisa sempre pautar
a relação entre a Administração, os docentes, servidores
técnico-administrativos e estudantes e, nesta relação, e, neste ideário, está a
reivindicação – que hoje é internacional – sobre a redução da jornada de
trabalho.
Trata-se de debate que não pode se pautar tão somente por aspectos
legais, nos quais a Administração vem se baseando. Nesse sentido, é urgente que
a Reitoria da UFSC restabeleça o diálogo e reavalie a decisão – inédita e com
caráter punitivo - de corte salarial, pautando o debate não somente por seu
viés jurídico, mas também pelo conteúdo acadêmico do pleito das 30 horas de
jornada de trabalho.
Como professor e na qualidade de vereador desta Capital, me coloco
à disposição para gestionar pela reabertura das negociações dos TAEs com a
Reitoria, com base exatamente nos princípios que sustentaram o programa da atual gestão.
Professor Lino F.B. Peres
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