Cerca de um mês após o
fim da greve nacional dos Técnicos-administrativos em Educação (TAEs),
aprova-se o indicativo de uma nova greve a partir de 05 de agosto. Nova
em todos os sentidos, porque uma das propostas é de que greve ao invés de fechar a universidade, a abra por no mínimo 12h ininterruptas em todos
os seus setores.
Em uma assembleia com
mais de 600 TAEs realizada no dia 31 de julho, os TAEs deliberaram pelo
indicativo de uma greve local na UFSC. A proposta, que ainda tem de ser
aprovada em assembleia a ser realizada no dia 05 de agosto, é motivada pelo
rompimento das negociações da reitoria da UFSC. Nas greves de 2012 e 2014 os
TAEs negociaram debates públicos com toda a comunidade universitária sobre as
30h. Diferentemente do que se propaga nos veículos oficiais da UFSC sobre as
30h, essa jornada não se encerra na redução de tempo de trabalho, mas é antes
uma condição para o atendimento ininterrupto da universidade por pelo menos 12
horas por dia em todos os setores da universidade.
A UFSC tem hoje, somente
como atividades de ensino, aulas que iniciam às 7h20 e encerram às
22h. Diante disso, entendemos que os usuários dessa universidade têm o
direito de terem acesso a seus serviços não somente no horário comercial ou nos
horários de aulas, mas também nos contra-turnos das aulas, tanto para docentes,
quanto para estudantes.
O horário comercial implementado pela reitoria
em primeiro de agosto de 2014 significa um desrespeito com os membros da
comunidade universitária que são trabalhadores, pois com o atendimento da UFSC
em horário comercial, quando o estudante trabalhador pode ser atendido a UFSC
está fechada.
Ademais, a universidade não é uma fábrica de
diplomas, nem um colégio. É antes espaço de formação humana e tem atividades
não somente de ensino, pesquisa e extensão, mas também de assitência (HU),
convivência e arte. Não é cabível considerar que tão relevante espaço tenha de
ser fechado à sociedade durante dois terços do dia.
As 30h também não
implicam em redução de trabalho, pois dependem da reorganização do trabalho dos
TAEs de modo a concentrar suas atividades a um único turno de seis horas,
conforme previsto desde a Constituiçao Federal (e extensivo a todos os
brasileiros), até a decretos presidenciais específicos, não precisando de
contratação de nenhum técnico a mais.
Os TAEs da UFSC defendem
a universidade aberta por pelo menos 12h ininterruptas em todos os seus
setores e querem debater com a comunidade a necessidade de a universidade
atender a seus usuários! Por isso, indicam a construção de uma greve na UFSC
para a ampliação do horário de atendimento em todos os setores, a partir de 5
agosto!
Nenhum comentário:
Postar um comentário